quinta-feira, 7 de abril de 2011

Maranhão, nunca mais!



O fato de alguns, dos inúmeros problemas do Maranhão, terem se destacado no noticiário nacional no último mês de março não constitui novidade alguma para o povo deste Estado. São mais de quatro décadas do julgo de uma família execrável, que faz de nossa terra o quintal de sua casa. E não se trata de uma casa bem cuidada. Ao contrário. Somos para a família Sarney a extensão de seu rebanho, com o agravante de sermos tratados muito pior que o gado dos, por sinal, extensos rebanhos pertencentes a estes.

A plantação de maconha; os meninos “exilados” em São Paulo em busca de um sonho que seu lugar é incapaz de lhe proporcionar; o caos de um aeroporto caindo aos pedaços, mas que não abre mão de ser considerado “internacional”, são apenas alguns exemplos das mazelas que o maranhense enfrenta todos os dias pelos rincões deste pedaço do Brasil.   
Em todos os indicadores sociais o Maranhão figura como o pior em tudo: menor índice de desenvolvimento humano (IDH) do país; maior número de municípios sem bibliotecas públicas (61 municípios); Estado com menor índice de acesso à internet (6% da população) etc. Estes são apenas alguns exemplos de nossa realidade.
É bem verdade que os céticos vão dizer que não temos opção. Mas digo que temos sim: nossa opção é lutar! Lutar por dias melhores. Dias em que a criminalidade, que alias, está atrelada aos desmandos políticos da região, não fará nossa juventude sucumbir aos seus apelos, seja chamando para matar ou para ser morto; dias em que não precisaremos abandonar nossa terra em busca de uma vida melhor; dias em que diremos, não com um orgulho provinciano, “sou maranhense”. Para que nosso povo não diga, ao olhar para traz na hora da despedida: “Maranhão, nunca mais!”, por que aqui é a nossa terra.

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